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02/05/2022

Prática de exercícios físicos e feitos sobre os sintomas da ansiedade e depressão

Bem estar

No primeiro ano da pandemia de COVID-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um resumo científico divulgado no dia 02 de Março de 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora as pessoas normalmente lidem com esses transtornos por meio de psicoterapia, medicação ou ambos, vem aumentando o número de indivíduos que procuram os exercícios físicos como um fator adicional para promover o bem-estar psicológico.

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Muitos pesquisadores, médicos e leigos observam que os exercícios físicos aumentam sensações de bem-estar, em particular pela redução da ansiedade e da depressão e pelo aumento do vigor físico. Mais propriamente, o exercício físico parece estar associado a mudanças positivas nos estados de humor e a reduções na ansiedade e na depressão.

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Redução da ansiedade e depressão através de exercícios físicos.

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A ansiedade é uma reação natural do nosso organismo e é o que nos prepara para os comportamentos de fuga ou luta diante de situações que entendemos ser perigosas ou que colocam nossa vida em risco. A ansiedade, portanto, está relacionada aos sentimentos de medo e insegurança e ideias de preocupação.

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A ansiedade em nível adequado proporciona motivação pessoal, profissional e nos protege dos perigos reais. A ansiedade em excesso paralisa, inquieta, perturba, e quando há um intenso sofrimento é caracterizada como um transtorno.

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Vários pesquisadores no mundo todo pesquisam os efeitos agudos (curto prazo) e crônicos (longo prazo) da prática de exercícios físicos na redução do estado ansioso. Estudos mais recentes demonstraram que o exercício aeróbico (como a corrida, por exemplo) resultou em estado de ansiedade mais baixo e escores de tranquilidade mais altos.

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A depressão é um transtorno afetivo crônico, que tem como sintomas tristeza profunda, perda de interesse, ausência de ânimo e oscilações de humor. Além dos estudos realizados sobre os efeitos do exercício físico (especialmente os exercícios aeróbicos) na redução do nível de ansiedade, vários estudos concluíram que a atividade física está positivamente relacionada com humor positivo, bem-estar geral.

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Outros resultados revelaram que o exercício físico está relacionado a diminuições da fadiga e da raiva, bem como a aumentos do vigor, clareza de pensamento, energia e estado de alerta. Isso acontece porque a prática de exercícios físicos aumenta a produção e a liberação de neurotransmissores como a endorfina, serotonina e a noradrenalina. Quando liberadas na circulação, essas substâncias agem diretamente no sistema nervoso central, gerando sensação de bem-estar, aliviando a depressão e normalizando os níveis de ansiedade (efeito agudo).

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O National Institute of Mental Health (NIMH) reúne frequentemente pesquisadores para debaterem as possibilidades e as limitações da atividade física para enfrentamento da ansiedade e da depressão.
Embora as recomendações a respeito da relação entre exercício crônico e doença mental sejam atualizadas ano a ano, as conclusões básicas ainda são as mesmas:

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• O condicionamento físico está associado de forma positiva à saúde mental e ao bem-estar.

• O exercício está associado à redução de emoções estressantes, como o estado ansioso, e está ligado a um nível reduzido de depressão e ansiedade de leves a moderadas.

• A depressão severa costuma demandar tratamento profissional, que pode incluir medicamentos, terapia eletroconvulsiva, psicoterapia ou uma combinação delas, tendo o exercício físico como auxiliar de extrema importância.

• O exercício apropriado resulta em reduções em vários indicadores de estresse, como tensão neuromuscular, frequência cardíaca em repouso e alguns hormônios do estresse. A atual opinião clínica diz que o exercício físico tem efeitos emocionais benéficos em todas as idades e sexos.

• Pessoas fisicamente saudáveis que exigem medicamentos psicotrópicos (que alteram o humor) podem, sob supervisão médica atenta, se exercitar sem correrem riscos.

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Vale ressaltar que as relações entre exercício físico, ansiedade e depressão são correlacionais: ou seja, o exercício está associado com, mas não causa, alterações na natureza da ansiedade e depressão. Por isso é importante ter o exercício físico sempre associado e como um aliado ao acompanhamento médico e psicológico.

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Para finalizar, saiba que grande parte das pesquisas realizadas sobre a relação entre ansiedade, depressão e exercícios físicos contemplam a corrida como o principal exercício praticado pelos participantes pesquisados.

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Bora correr!

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Referência:

Weinberg, R., & Gould, D. (2001). Fundamentos da Psicologia aplicada ao
exercício e ao esporte. Porto Alegre: ARTMED


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