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17/05/2018

Como o exercício pode lha ajudar a encontrar palavras

Coluna do treinador, Iuri Lage

Sabe aquele momento que dá um branco? Não conseguimos falar o nome ou a palavra que queremos falar.

Acredita-se que esses lapsos frustrantes sejam causados ??por uma breve interrupção na capacidade do cérebro de acessar os sons de uma palavra.

Na verdade nós não nos esquecemos da palavra, inclusive sabemos o seu significado, mas a sua formulação fica além do nosso alcance.

Embora essas falhas mentais sejam comuns ao longo da vida, elas se tornam mais frequentes com a idade.

Mas, algumas evidências mostram que pessoas idosas em forma física apresentam riscos reduzidos para uma variedade de déficits cognitivos. Recentemente os pesquisadores examinaram a relação entre a capacidade aeróbica e a evocação de palavras.

Para o estudo, cujos resultados apareceram no mês passado na Scientific Reports, pesquisadores da Universidade de Birmingham testaram os pulmões e as “línguas” de 28 homens e mulheres idosos no laboratório de desempenho humano da escola.

Os voluntários tinham entre 60 e 80 anos e saudáveis, sem sinais clínicos de problemas cognitivos. Suas capacidades aeróbicas foram medidas fazendo-os andar de bicicleta estacionária até a exaustão.

Este grupo e um segundo grupo de voluntários na faixa dos 20 anos sentaram-se em computadores enquanto definições de palavras brilhavam nas telas, levando-os a indicar se sabiam e poderiam dizer a palavra implícita.

O vocabulário tendia a ser obscuro – “decantador”, por exemplo – porque palavras raramente usadas são as mais difíceis de serem invocadas rapidamente.

Como esperado, os jovens experimentaram muito menos falhas ao falar do que os idosos, apesar de terem menos vocabulários, de acordo com outros testes.

Dentro dos idosos, a incapacidade de identificar e dizer as palavras certas estava fortemente ligada à aptidão.

Quanto mais bem condicionado, menos provável era que ele ou ela passasse por um “gente, como é mesmo essa palavra?”

Como trata-se de uma investigação observacional de um único momento, o estudo não pode comprovar que uma aptidão maior é o que faz com que cérebros mais velhos mantenham melhores habilidades de processamento; só pode sugerir uma correlação.

Além disso, os hábitos de exercício não foram considerados; a aptidão aeróbica, que depende até certo ponto da genética, foi a única variável medida.

O estudo tampouco examinou mais amplamente como a aptidão pode interagir com o processamento da linguagem à medida que a pessoa envelhece.

No entanto, “a aptidão tem efeitos generalizados no cérebro”, diz Katrien Segaert, psicólogo da Universidade de Birmingham que liderou o estudo.

As áreas afetadas incluem os córtices frontal e temporal, que estão envolvidos no processamento da linguagem.

Segaert e seus colegas planejam implantar varreduras cerebrais em estudos futuros para examinar como e onde a forma física e o exercício afetam nossa capacidade de “encontrar” palavras.

Mas, este estudo sugere que permanecer em forma pode influenciar o modo como nos comunicamos à medida que envelhecemos.

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