Por Carol Nagai.
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Meia Maratona entre os atletas amadores
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Os 21km desafiam os atletas que já superaram distâncias intermediárias e exige uma dedicação aos treinos sem te fazer abdicar de sextas ou sábados para garantir um corpo descansado para os exaustivos treinos para preparação de 42km.
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A partir de provas de meia maratona, acho que vale a pena usar o evento como justificativa para planejar viagens curtas a outras cidades dentro de um final de semana. Para provas 5 e 10km, que não duram nem uma hora, eu não gastaria meu dinheiro e tempo viajando para destinos muito distantes.
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Na BHRace, é comum identificar pessoas que tenham como objetivo chegar aos 21km. A maioria em um ano ou pouco mais de experiência em corrida já estão com planos de estrear em um evento e na maioria, chegam de maneira bem-sucedida nesta distância sem lesões.
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Para quem está iniciando nessa distância não faltam opções, recomendo algumas como:
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– Meia Maratona do Rio:
Evento com excelente nível de organização e belas paisagens.
Meia Maratona Caixa Rio de Janeiro 2017
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– Eventos que levam nome da Asics.
São evento que também apresentam boa estrutura e kit de boa qualidade. Principalmente lembrando a extinta Asics GoldenFour que fiz etapas de São Paulo e Brasília no ano de 2015. Em 2017 a Asics GoldenRun terá etapa em BH.
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– Meia de Buenos Aires:
Outro evento muito organizado e com condições ideais para recorde pessoal devido ao clima mais ameno.
Atletas BHRace na Meia de Buenos Aires 2016
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Meia maratona entre profissionais
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No meio profissional, o primeiro evento oficial da IAAF ocorreu em 1992 em South Shields, Inglaterra.
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Em 2006, inicia a dominância do atleta Zersenay Tadese, da Eritreia, recordista mundial masculino na distância com 58:23 (Lisboa, 2010).
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O evento passou a ser a cada 4 anos e em 2010, pela primeira vez, o Quênia ganha ouro em todas modalidades do evento.
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Ao longo dos anos, competiram em meias maratonas atletas como Paula Radcliffe, Haile Gebrselassie, Paul Tergat e outros que depois migraram para os 42km.
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A meia maratona não é um evento oficial do Mundial de Atletismo nem das Olimpíadas de Verão, mas como comentado, tem um campeonato IAAF à parte.
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O Brasil tem o Marilson Gomes figurando entre os 127 atletas sub 1h em meias maratonas no ranking mundial da IAAF. Nesta lista seleta, apenas 8 não são nascidos no continente africano.
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Essa marca foi atingida em 2007 em Udine (Itália, marca de 59:33), é a 63a melhor marca do mundo e também, o recorde sul-americano.
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Atletas BHRace com recordista sul-americano em meia maratonas.
( Raquel, Jussara, Marilson, eu e Daniela)
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No feminino, o recorde mundial é da queniana Kepkosgei em 1:04:52 atingido em abril desse ano, em Praga.
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O Quênia possui os 9 melhores tempos em meia maratona e a décima posição pertence à Etiópia. Top 10 é 100% africano.
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A mais bem colocada atleta do país não pertencente ao continente africano é a Lornah Kiplagat, queniana de nascença que representa a Holanda desde 2003.
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A britânica Paula Radcliffe possui a marca de 1:06:47 atingida em 2001.
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Meio maratonistas – Profissionais vs Amadores
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Os atletas profissionais se alternam entre 21 e 42km. Usam os 21km como treinos para 42km ou migram para maratonas, que são eventos de maior projeção com premiações mais interessantes.
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Já do lado “amador”, conheço muitos atletas que não trocam a meia maratona por outras distâncias e muitos nem pensam em se sacrificar pelos 42km.
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Ou seja, a preferência parece ficar concentrada nos 21km, mas o time dos maratonistas também tem aumentado a cada ano.
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Nos próximos posts, vamos comentar sobre maratona em uma perspectiva do atleta amador e falar dos recordes mundiais a nível profissional.
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